Coline Gras
Coline Gras nasceu em Marselha em 1993. Formou-se bailarina e investigadora do corpo no Departamento de Dança da Universidade de Lille 3 (França) e no c.e.m-Centro em Movimento em Lisboa (Portugal). Se formo também em salsa, flamenco, aïkido, contact improvisação e improvisação em formações colectivas diversas em Marselha, Lille, Paris, Bruxellas, Lisbonne…, e continua sempre com o desejo de ir tecendo aprendizagens em dança e em criação física na própria tessitura dum estudo o dum acontecimento qualquer e particular.
Desses anos de investigação, apresentou uma performance falada e dançada da sua escrita “ Déplacer la (dé)marche ” criada num trabalho contínuo de perguntas movidas com uma dezena de pessoas durante os seus deslocamentos quotidianos. Trabalhou em diversas estruturas artísticas e desportivas (Zingaro, Cirque du Bout du Monde, Artmacadam, Théâtre La Luna, Colectivo ECHOS, Luc Synchro…) e colaborou em várias criações coreográficas e/o performativas, particularmente com a companhia de dança La Malagua (Lille, França) na qual ela trabalhou quatro anos como professora, intérprete e pesquisadora do movimento sozinha ou acompanhada de Marie Pons e su duo de escrita e dança Como se manter vivo? que continua a viajar em Europa. Em 2018, para a temporada Demora do Centro em Movimento, aparece o seu solo de dança Les soirs d’été num tempo largo de investigação na estação de Rossio em Lisboa. Desde então, ela trabalha na equipa de fundo do c.e.m. enquanto pesquisadora, intérprete, orientadora e documentalista. Com esse trabalho diário e o festival de experimentação e de criação em montanha Dépaysager que ela organiza desde quatro anos em Catalunha levantaram-se urgências e desejos a trabalhar no meio amplo da criação tendo em conta a diversidade da presença, a continuação e o começo da existência, as coexistências e os co-aconteceres, o possível suporte da invisibilidade, o acompanhamento crítico e demorado duma pesquisa.
Acompanhada da presença e do universo dos cavalos desde pequena, Coline encontrou há 3 anos o Saldek Bártok, cavalo espanhol de 12 anos que fica desde então com ela nos seus deslocamentos maiores e que a motivo em fazer acontecer vários tipos de laboratórios de práticas artísticas contando com a presença de cavalos em Portugal e Espanha.
Ultimamente, criou a associação CO residente em Marselha que quer apoiar e sacudir outras formas de ir a tecer trabalhos em corpo e mergulhar nos diferentes jardinagens da criação e da descoberta do movimento que a Dança levanta.