O c.e.m dedica-se desde o final dos anos 80 aos estudos do corpo e do movimento. No coração da investigação artística as práticas de dança e escrita têm sido exercitadas por cada profissional da equipa de fundo investindo em apurar com rigor as questões que vão surgindo e em garantir a vibração permanente de cada linha, gesto ou atmosfera que se vá fazendo pertinente no caminho diário, sem que haja um fechamento em modelos fixos e contribuindo para a fluidez e inter-nutrição entre a Arte e outras formas de conhecimento como a Filosofia, a Ciência, a Geografia ou a Experiência de Viver-Com.
A missão do c.e.m integra: Praticar a Arte enquanto forma de Conhecimento. Criar e nutrir espaços de atravessamento entre pessoas e ideias. Produzir pensamento/discurso crítico na contemporaneidade. Re-afinar continuamente a possibilidade de trabalhar num Comum não hierárquico onde a voz singular é essencial e onde se experimentam quotidianamente outras formas de Estarcom. Investir na indissociabilidade entre teoria e prática promovendo a discussão e reflexão continuada tanto ao nível do núcleo base de profissionais do c.e.m como através da insistência em conversas e debates abertos a públicos diversificados. Contribuir para a actualização de outras áreas afectas ao desenvolvimento humano, como a Educação ou a Integração social, através da inclusão da experiência da Arte e do Corpo em contextos específicos. Tonificar o desenvolvimento de percursos de investigação e criação singulares através da formação contínua, da organização de laboratórios intensivos com profissionais no activo e do acompanhamento individual e colectivo de estagiários, formandos e profissionais. Gerar redes alternativas de comunicação e circulação internacional baseadas no desejo de lado-a-ladar aquilo que vai emergindo no fazer da Arte reforçando a qualidade humana constante nos processos de criação. Potenciar a profissionalização em áreas experimentais. Promover o cruzamento de saberes académicos e experienciais. Desenvolver a especificidade da Documentação enquanto materialização da reflexão gerada a partir do acompanhamento dos processos de investigação e criação. Produzir e partilhar documentos em diversos suportes favorecendo a não hierarquia entre a escrita, a imagem, a arte sonora, o relato oral ou a experiência da presença do corpo enquanto documento do acontecimento. Habitar a cidade. Abrir a experiência da Arte à experiência da (qualquer) pessoa e do (qualquer) lugar quotidianamente.