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Programa

A Narrativa do Corpo em Passagem 

A Narrativa do Corpo em Passagem 

A Narrativa do Corpo em Passagem 
(entre movimento, memória e revolução)

Com Felix Lozano

“Práticas regulares de Corpo e as histórias que nos conta.

Segundas e Quartas

Das 19h30 às 21h

Os seus mistérios, um corpo-conexão com uma narrativa que se torna ponte, presença e memória em movimento.

E no fim, ou no começo, tudo volta ao gesto: simples, verdadeiro, imperfeito.. Apenas vivido.”

O corpo não apenas existe — ele narra. Cada gesto é um capítulo, cada movimento, uma cinematografia em constante desdobramento. O corpo fala antes da palavra, expressa antes do pensamento, sente antes da razão. Ele é arquivo vivo: guarda memórias que não lembramos, traumas que não nomeamos, alegrias que nem sabemos de onde vêm. E nele, também, habita o ancestral — não como fantasma do passado, mas como presença pulsante, sangue que insiste em lembrar.

Um impulso que brota do fundo, um chamado que atravessa o corpo e se projeta no mundo. Dançar é confessar, resistir, lembrar, esquecer, fluir. É atravessar estados sem imposição, permitir que o corpo seja paradoxal: frágil e forte, vulnerável e corajoso, individual e coletivo.

 O corpo se torna campo de tensão: entre o imensamente grande (o cosmos, a conectividade, o destino coletivo) e o imensamente pequeno (a célula, o espaçoso, o gesto íntimo).

A revolução não começa nas palavras, mas no movimento. Na coragem de sentir, de parar, de dançar quando não se deve, de ficar quieto quando se espera muito. A revolução do corpo é uma recusa à padronização, é uma afirmação do fluir, do não-domínio, do existir em estado de passagem.

Hoje, talvez, as pessoas já não sejam o que mais importa. Talvez o importante não seja mais o “eu”, mas a conexão — com o outro, com a terra, com os mortos, com o que ainda virá. O corpo, então, deixa de ser propriedade e se torna ponte. Presença. Memória em movimento.

E no fim, ou no começo, tudo volta ao gesto: simples, verdadeiro, imperfeito.. Apenas vivido.

Felix Lozano

Começou os seus estudos de dança em Madrid com Carmen Werner, integrando a Companhia Provisional Danza desde 1986 até 1993. A sua formação vai desde as artes marciais ,onde é cinto castanho de jiu-jitsu, até à interpretação, passando por várias técnicas de dança moderna e dança contemporânea.

Das suas próprias criações destacam:

 “ Puntos suspensivos de una relación”, prémio de

coreógrafo novel do Certamen Coreográfico de Madrid com bolsa de estudos no American Dance Festival.

No teatro trabalha como colaborador, orientador de movimento e mesmo como intérprete e  trabalhou em Lisboa com coreógrafos e encenadores portugueses e estrangeiros.

Entre coreógrafos, companhias e directores de teatro cabe mencionar:

 Clara Andermatt (ACCCA), Paulo Ribeiro ( Companhia Paulo Ribeiro), Olga Roriz (C.O.R), Victor Hugo Pontes (Nome Próprio), Francisco Camacho (EIRA), JeanPaul Bucchieri, Né Barros ( Balleteatro ), Pedro Ramos (Ordem do Ó), Sofia Neuphart, Sofia Belchior, Cláudio Hochman, Miguel Moreira (O Útero), António Feio, Adriano Luz, Lúcia Sigalho (Sensurround ), Ruy Otero (Pogo Teatro), Julieta Santos (Teatro do Mar), Susana Vidal, Pim Teatro, Companhia João Garcia Miguel, Ana Nave, Ana Padrão, Teatro D´As Entranhas, Circolando Central Eléctrica, Teatro O Bando, Teatro O Olho, Teatro da Terra, Teatro Extremo, Teatro Primeiros Sintomas, Cláudio Hochman (Teatro da Trindade), Teatro do Mar, entre outros…

 Na docência dirigiu aulas e ateliers em Portugal, Espanha, Itália e Bélgica.

 Foi coordenador pedagógico do CAP (Curso de Artes Performativas) no “SOU Movimento e Arte” e responsável de “Movimento para Actores” para televisão e cinema na AMA (Academia Mundo das Artes).

Dirigiu e criou duas edições do “Festival AoGosto”, festival de artes performativas celebrado em Lisboa.

Imagem: Júlio Eme

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