CEM Verão II
02.08.2019
CEM VERÃO II
De 16 a 30 Setembro
O Cem Verão II é um ajuntamento de práticas diversas em dança, estudos do corpo, música/ritmo, performance, pesquisa, escrita, costura de cadernos e conversas que decorre de 16 a 30 de Setembro e marca o início da nova temporada de Formação, Investigação, Experimentação e Criação com o c.e.m – centro em movimento.
Numa oportunidade de encontro entre o trabalho dos profissionais do c.e.m, de outros convidados “desassossegadores” e de quem se quiser ajuntar destacamos as práticas de criar corpo e vertical com Sofia Neuparth, num evento que integra Valentina Parravicini, Maria Belo Costa, Peter Michael Dietz, Sara Jaleco, Dally Shwarz e Marcos Aganju, Mariana Lemos, Ana Ferreira, Clemence Ngantonga, Ana Vitória Freire e Jorge Ramos do Ó.
SEMANA I | 16 a 21 Setembro
PHYSICAL SOUNDSCAPES
Com Valentina Parravicini
De 16 a 20 Setembro
Das 10h30 às 13h
Valor: 40€
Imagem: Valentina Parravicini
Uma proposta para mergulhar na fisicalidade da paisagem que o som nos oferece e deixar aparecer no corpo paisagens em movimento. Um corpo que se molda na escuta, o horizonte interior diluído no horizonte exterior. A experiência da paisagem que atravessa a potencialidade da anatomia. A matéria entre-corpos habitada no encontro corpo-som-espaço.
Valentina Parravicini – É bailarina e criadora na área da dança. Natural de Itália, formou-se em dança em Milão, começando a sua actividade como performer em 2006, trabalhando com Tino Sehgal, Bruno Catalano, Willi Dorner, Ainhoa Vidal, Sofia Neuparth, Peter M. Dietz e Romeo Castellucci, entre outros.
Desde 2009 vive em Lisboa, onde encontra no c.e.m-centro em movimento um lugar fertíl para aprofundar a sua investigação artística e produzir as suas criações, que apresenta desde 2011, em Portugal, Itália e Brasil.
Actualmente trabalha na criação de Altrove|estudo para corpos dispersos e colabora com a Circolando (André Braga e Cláudia Figueiredo) no projecto LUTO.
https://valentinaparravicini.wordpress.com/
PRÁTICAS DE CRIAR CORPO ACONTECIMENTO
Com Sofia Neuparth
De 18 a 20 Setembro
Das 16h30 às 18h
Valor: 25€
Considero corpo um acontecimento. Comecei a estudar as práticas que exercitamos nestas sessões desde que comecei a ensinar dança, no início dos anos 80. Nessa altura eram sessões muito festivas que cada dia ginasticavam a experiência de qualquer pessoa poder saborear a dança. Começávamos sempre de pé porque me parecia que, se chegávamos andando, o melhor era continuar andando, apurando a atenção para a poesia dos gestos que fazemos acontecer só por estarmos vivos. Agora vejo mais a atmosfera que cada umaum produz nesse momento e deixo que a aula se concretize por entre essas invisibilidades. Nunca sei à partida o que vou dizer ou que prática vamos exercitar, mantenho-me rigorosamente afinada com o que vai aparecendo.
Sempre me interessou tecer. Aceito que o corpo que vou sendo tem buracos, aceito que alguns desses buracos são a própria renda que me faz corpo-sofia. Não aceito a negligência e o abandono. Não aceito boicote ao sabor da dança. O encontro entre os tecidos do corpo, os tecidos do chão ou do ar parecia-me, e ainda parece, um evento fascinante. A criação de formas que se vão fazendo corpo a partir da escuta da relação com o expandir-contrair, adensar-desajuntar, afundar-levitar foi a primeira pergunta que me desassossegou, e ainda desassossega, momento a momento. A elasticidade da atenção acompanha a elasticidade do gesto, é possível que alguns desses tais buracos ou outros lugares por onde não passa movimento me peçam anos e anos para se tecerem, outros realinham-se numa manhã. Apurar a escuta do corpo-acontecimento implica não me isolar do som, da temperatura, da luz, da relação entre a geografia do corpo e geografia da cidade. Assim, cada encontro abre espaço por entre as paisagens do corpo, deixar passar movimento, descomprime tensões fixadas onde o movimento não passa, escuta os mapas de linhas-manchas-deslizamentos-torções-embalos-encaracolamentos. A escuta é movimento.
É um trabalho sem princípio nem fim que celebra a continuidade que vibra em começar. Está aí a festa, a exuberância: continuar começando!
Bio: https://c-e-m.org/equipa/sofia-neuparth/
VIAGEM
“Viagem ao coração de África com seus ritmos e danças (Bantu)”
Com Clemence Ngantonga
De 18 a 20 Setembro
Das 18h às 19h
Valor: 20€
– transmigração das almas é um diagrama do ciclo da vida através do mundo material e imaterial. A nossa personalidade tem as marcas das nossas vidas, tradições e culturas anteriores, então somos todos guias e guardiões nesta vida.
– Viagem ao coração da África com seus ritmos e danças (Bantu).
tradição oral e iniciação.
MATERIAIS: instrumentos musicais/percussão
Bio:
Formada e certificada pelo mestre de tambor AMADOU KIENOU professor de música africana em Toronto, Canadá.
Coreógrafa de dança tradicional-contemporânea, instrumentista, performer, atriz de teatro e espetáculo.
Capacidade de abertura e implementação de espetáculos culturais, criação e ensino de artes do espetáculo.
Capacidade de criação de música com base em objetos de recuperação, habillage de filmes e de peças de teatro.
Fabricação de roupas tradicionais africanas.
Destaca os seguintes trabalhos realizados desde 2014:
2019- 25-27 festival KOVA-M, projeto living culture band university of lisboa.
2018- Projeto Artistico com a Associação AIEP-VIDACH intitulado “Migrações, escola corporal”
2017- Projeto (tu compreendes?) em parceria com com o « Theatrehaus de Frankfurt » (Alemanha) e o “Teatro de Chocolate” dos Camarões, seguido de um torneio nos dois países.
2016- Criação, direção artística e realização do projeto « BLANCHIMENT DE PEAU », apoiado pelo Instituto Francês dos Camarões, O Instituto Goethe de Yaoundé e a companhia “Tebegue” da Universidade de Beirute.
2015-2014 – Coreografia em dois projetos no teatro OTHNI, em parceria com o teatro MULHEIEM ANDER RHUR et HAGEN ( “les brigands de Schiller”) seguido de uma tournée de um ano.
THE CORE OF DANCING
Com Peter Michael Dietz
De 16 a 19 Setembro
Das 19h30 às 22h
Valor: 45€
Imagem: Play Bleu
Letting the soul of moving
Lead your desire to step
Forward into the wild unknown
Which is the core of testing
Your quality in which
We want to feel ALIVE and
Sensing that NOBODY can
Stop us….
Bio: https://c-e-m.org/equipa/peter-michael-dietz/
PONTOS DE FUGA E CORPO EXTENDIDO
Com Dally Shwarz e Marcos Aganju
Sábado, 21 Setembro
De 14h as 18h
Valor: 20€
Práticas de conexão em movimento em que usaremos bastões e objetos sonoros.
O trabalho terá como foco o manuseamento de objetos, jogos de equilíbrio e peso, desenhos sonoros no espaço, escuta sensível e táctil.
Para todas as pessoas interessadas.
Bios:
https://c-e-m.org/equipa/dally-schwarz-e-marcos-aganju/
https://c-e-m.org/equipa/marcos-aganju/
SEMANA II | 23 a 29 de setembro
PRÁTICAS DE AFINAÇÃO DA PRESENÇA
corpo, dança e movimento contemporâneo
Com Mariana Lemos
De 23 a 27 Setembro
Das 9h às 11h
Valor: 40€
Imagem: Malu Teodoro
mover
no abanar das ancas
tocando
coração-cóccix
sempre
na dança
a poesia dos corpos
Afinar a presença dançando. Ativar o desejo. Encontrar prazer e liberdade. Percorrer as lágrimas do corpo. Surfar o arrebatamento musical e compor o gesto. Aprender a amar Lisboa. Tecer a delicadeza, trabalhar a resistência. Encontrar companhia para o mergulho. Viva a vertigem do desconhecido. Viva a poesia!
Nota de interesse: Proponho nessas aulas, a dança como prática de prazer e liberdade em conexão com a fruição que vem da escuta do movimento na música. Trabalhar a bacia como libertação do prazer no corpo que empodera o ser. A dança como uma prática de corpo que aproxima, afeta e transforma. A (ferramenta) técnica como uma habilidade que permite demoradamente e repetidamente, aceder ao corpo. Sentir, deixar aparecer o gesto, reconhecê-lo e, a partir daí, poder sugerir caminhos de movimentos a serem explorados, criados, transformados. Estas aulas emergem como encontros de pesquisa em dança, fazem-se em con-junto e acontecem em trânsito. Os convites são lançados e as propostas surgem do encontro com cada pessoa. É no feedback, na ressonância do convite, na sugestão e no acompanhar que acontece a dança. Neste sentido, exercitamos uma aula enquanto um espaço de criação. Aqui, não acontecem duas iguais. O plano de trabalho é um chão para percorrer o momento e não um guião fechado. A música está sempre por dentro, é uma paixão. E Lisboa também.
A Mariana é bailarina, uma professora apaixonada, encenadora, aprendiz de produtora e amante da música. Pesquisa incansavelmente (procurando encontrar sempre mais perguntas) O que pode um corpo que escuta (dançando)… a si próprio, a música, a cidade, o outro, a parede, os sonhos, etc etc etc. Integra o c.e.m desde 2004.
O Coletivo Lagoa apoia estas práticas enquanto espaço de pesquisa para a criação www.coletivolagoa.com
DAS PALAVRAS E DO CORPO
Com Maria Belo Costa
De 23 a 27 Setembro
Das 11h às 13h
Valor: 30€
Imagem: Play Bleu
Desejo um tempo / espaço aberto ao devaneio e à escuta de um corpo presente e que ecoa como poesia.
Persigo perguntas:
que poemas trazem escondidas as coisas? que danças trazem escondidas as palavras? que palavras estão dentro da minha dança? em que lugar moram as palavras da minha dança? as palavras da minha dança caminham entre o corpo e a voz?
Quebrar, abolir qualquer hierarquia que possa existir entre corpo e palavra, entre ver, pensar, sentir e fazer.
Abrir o corpo a um acontecer contínuo, sem princípio, sem fim, sem chegada ou partida.
Incluir num mesmo lugar observar e agir, onde estou quando falo ou quando me movo?
Trabalhamos com palavras nossas e com palavras de outros e assim navegamos os movimentos que nos atravessam o corpo.
Maria Belo Costa
Frequentou o curso de Formação de Actores da Escola Superior de Teatro e Cinema e o CEM – Centro em Movimento, iniciando uma pesquisa sobre o corpo e o movimento. É diretora artística da Pé de Pano – Projectos Culturais, onde desenvolveu vários projetos de criação individualmente ou em parceria: ENTRETECER, MEDO DE SER MATÉRIA, DANÇAS A NASCER, OFÉLIA, O PORQUÊ DAS COISAS A PARTIR DE GARCIA DA ORTA e TRANSGREDIR. Dirige com Sílvia Pinto Ferreira IDEÁRIOS e Sábados Contados.
VERTICAL
Com Sofia Neuparth
De 23 a 27 Setembro
Das 15h30 às 17h
Valor: 35€
Cada forma de vida se faz forma exercitando a vida. É evidente que a medusa se relaciona com as forças de movimento de maneira diversa que o coqueiro, a girafa, o tamboril, a lesma, o gato ou o gafanhoto…é evidente que a lista de diversidades seria interminável…parece-me espantoso como as formas se apuram tão diferentemente!
Quando passamos do ambiente aquático ao ar, aquilo que era cartilagem vai-se fazendo osso na dança de empurrar e puxar, na ginástica de se fazer forma por entre as forças que puxam para o centro da terra ou para as nuvens. Os últimos tempos em que habitamos a barriga da nossa mãe estamos tão apertados e encaracolados que parece não ser possível apertar mais….mas é! ainda falta atravessar um canal estreito onde nos encolhemos ainda mais em espiral. E levamos todo o caminho de estar vivo nessa dança de esticar, encolher, espiralar…
A vertical é um mistério!
Só em desequilíbrio é possível conceber a engenharia humana! A estabilidade dos nossos corpos é a própria dança, desde os micro ajustamentos que praticamos para estar de pé em quietude, aos balanços-pressões-molas que se fazem acções como andar, correr, rodopiar.
Este trabalho percorre histórias de movimento que nos nossos corpos se fazem gestos. Viagens do fumo do corpo. Escutando linhas específicas, dançamos acordes, combinações de acordes e até sinfonias.
Bio: Bio: https://c-e-m.org/equipa/sofia-neuparth/
CORPO VIBRÁTIL – PROPOSIÇÕES PARA UMA ESCRITA DE SI
Com AnaVitória
Dias 25, 26 e 27 Setembro
(último dia com conversa aberta)
Das 17h às 19h30
Valor: 30€
Imagem: Renato Mangolin
A coreógrafa AnaVitória (1969-), a partir da sua prática artística e pedagógica, vem propor neste encontro teórico/prático – experimentações criativas com o pesquisador/artista/sujeito em sua procura por um modo singular e autoral de (per)formar-se.
A partir do seu sistema investigativo que se posiciona no campo das artes performativas, propõe acionar os arquivos corporais que vão construindo estruturas gestuais ao recuperar comportamentos, sentidos e estados afetivos que comunicam presenças e experiências, desestabilizando os conceitos formais e modelares de criação na arte.
Através da memória autobiográfica no entrelaçamento de vida e arte e ação poético-performativa, o sujeito é aqui conduzido e provocado a investigar, explorar e por fim criar sua própria dramaturgia pessoal, buscando a integridade de pensar o próprio gesto criador, como obra.
Nestes encontros serão experimentados seu Sistema – (Re)Aprendizagens Afetivas em diálogo com proposições a partir dos “objetos relacionais” criado pela artista Lygia Clark (1920-1988) buscando acionar outros estados de presença e tessituras próprias ao sermos “confrontados à densidade invisível de uma intensa circulação de fluxos que se dá entre os corpos e as coisas” nos devolvendo um corpo vibrátil, não assujeitado, mas potente e em consonância ao pensamento da arte como um disparador da existência.
Parceria – Inet-MD, Associação Cultural o Mundo de Lygia Clark e Faculdade Angel Vianna.
AnaVitória é Doutora em Artes – Performances do Corpo pela UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro). Coreógrafa, bailarina, artista visual e Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Preparação Corporal para as Artes Cênicas da FAV (Faculdade Angel Vianna – Rio de Janeiro). Pesquisadora membro do Inet-MD – FMH-UL (pós-doutoramento) e Sens-Lab (Canadá/Brasil).
BLINKING TO THE MOMENT OF DANCING
Com Peter Michael Dietz
De 23 a 26 Setembro
Das 19h30 às 22h
Valor: 45€
Imagem: Play Bleu
Being a body is our principal tool to be
Ourselves.
Nothing else is more important
Than going to accept our
Need to dance
We will go there
Again and again
With a believe that
It is possible…..
Bio: https://c-e-m.org/equipa/peter-michael-dietz/
“Costurinhar Cadernos” – Encadernação Japonesa
ou como compilar trabalhos, escritas e desenhos bonitos com ares orientais
… costurinhar cadernos, desde as folhas de papel até aos últimos pormenores personalizados da capa…
Com LIBRETO Cardernos Artesanais
data: 26 de setembro
18h-20h
duração: 3h
contribuição por participante: 15€
A encadernação japonesas é uma forma bonita e simples de se fazer cadernos, ou de compilar folhas soltas de trabalhos, escritas ou papeis coleccionados…
para escrita, desenho, ou simplesmente deleite de quem o folheia. Na oficina criamos um pequeno caderno de folhas lisas com a encadernação japonesa. A capa será personalizada a gosto como material reutilizado disponibilizado, mas podem trazer folhas ou papeis alternativos se quiserem construir algo especial já durante a oficina (os cadernos e papel devem ter tamanho A5 e vão ser cosidos horizontalmente)… .
A partir dos 12 anos
Todo o material será fornecido directamente na oficina e está incluído no preço.
Os participantes podem trazer imagens ou material especifico que queiram utilizar para a personalização da capa.
inscrições prévias obrigatórias até 24 de setembro para:
LIBRETO Cardernos Artesanais
… a libreto gosta de escrever e desenhar e de criar cadernos bonitos que inspirem os outros a escrever e desenhar também… assim como partilhar com quem o gosta de fazer como pode fazer os seus próprios cadernos utilizando aquilo que têm disponivel, sem alimentar esta máquina de consumismo desemfreado que nos rodeia. Priveligiamos a reutilização de materiais e aplicação alargada de materiais que se encontram já nas nas nossas casas, e a forma simples de criar sem grandes articíficos…
WORKSHOP DE DANÇA ENRIQUECIDO PELA PRÁTICA BMC
“TALVEZ FOSSE BOM ABRIR DE NOVO O CAMINHO CORAÇÃO CABEÇA…CORAÇÃO!
Com Sara Jaleco
Dias 27, 28 e 29 de Setembro
Dia 27 das 19h30 às 21h30
Dias 28 e 29 das 11h às 15h
Valor: 45€
de mão dada com a criação de dança TransHumÂncia
e perguntas sobre o encontro, a migração, a diferença, a empatia
como e a que é que nos apegamos? o que é que nos liga e nos diferencia?
“Comecei a sentir coisas que já sentia há muito tempo. Que apareciam agora com uma outro volume. Num espaço partilhado que escuta o que vamos fazendo juntos, senti um dia como os movimentos do meu corpo, entre o chão pélvico e o peito, abriam e teciam um campo migratório de conversas entre o meu coração e a minha barriga. Dei-me conta de que essa vontade de ficar em trânsito desde dentro, por entre os orgãos, passando no meio das entranhas, contornando as costas do estômago, e acariciando a pele do esternum, trazia até ao meu cérebro uma doçura, uma consistência e uma presença de cabeça que já não era só cabeça, mas um desabrochar de alegres convivências e empatias! Senti nesses momentos que não existe lugar corpo para a discriminação nem para o isolamento…é sobre diferenciação e vizinhança. E estas são inquietações férteis muito presentes hoje no meu corpo e na forma como me parece tão urgente continuar a coexistir por entre tantas outras formas.”
É um trabalho-laboratório de muita dança que deseja criar um espaço de experimentação pelo movimento que estimule a vontade e a capacidade de cada ser, em ser, agir, sentir, pensar, abrindo o seu poder e força de criação, e a sua expressão própria no espaço partilhado.
Este workshop nutre-se da criação em dança TransHumÂncia, e convida a uma reflexão, acção, sobre a relação entre o singular e o plural, o individual e o colectivo, por dentro do corpo de cada ser, de célula a célula, e por dentro do corpo vários corpos. E a nossa forma de nos implicarmos hoje e agora na cocriação do mundo espaço em movimento.
A minha experiência e prática enquanto artista investigadora e coreógrafa com o Body-Mind Centering, traz-me um suporte à clareza, à profundidade e especificidade da dança que gostaria de partilhar com vocês, desde os estudos do corpo em movimento e pelo toque, e por dentro duma anatomia e duma fisiologia humana viva e sensível, poética.
Este convite é feito de momentos de :
– Investigação individual de movimentos dançados a partir dum trabalho das sensações e do sentir de cada ser, valorizando a importância de ser estar em corpo. Os eixos de experimentação nascem duma anatomia experiencial, relacional, sensível e viva, da cabeça, do coração e do ventre.
– Travessias coreográficas do espaço como deslocamentos colectivos em configurações várias (linhas, círculos, amontoados,…) e em sequências de movimento que convidam a entrelaçar os três aspectos do corpo aqui abordados (cabeça, coração, ventre,…)
– Partilha das experiências vividas durante este workshop e relacionadas com histórias biográficas de migração e casa, em forma de gestos, desenhos, palavras, etc…investigação duma dança do acolher, do abrigo, da escuta, da migração, da empatia…
Bio: https://c-e-m.org/equipa/sara-jaleco/
FAZER A MÃO-POR UMA ESCRITA INVENTIVA NA UNIVERSIDADE E OUTRAS CONSIDERAÇÕES
CONVERSA COM Jorge Ramos do Ó
Dia 30 Setembro
Às 17h30